Amigos, no próximo dia 05/06/2014 será a vernissage da minha
primeira exposição de fotografias. Convido-os para seguirem comigo "NO
RASTRO DAS ÁGUAS". Será no Salão de Convenções do Hotel Parque da
Costeira - Via Costeira/Natal/RN, às 19:30 h. Espero contar com a
presença de todos vocês. Um grande abraço, Amaro.
Espaço para as publicações de Maria Natividade Cortez Gomes e da cidade onde nasceu e faleceu, além de notícias e artigos sobre os bairros da Ribeira, Rocas e do seu entorno.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Canções da Lagoa Dourada, de Vilmaci Viana, será lançado no dia 9.
TENHO A HONRA DE CONVIDAR VOSSA SENHORIA E FAMÍLIA PARA O LANÇAMENTO DO MEU LIVRO AS CANÇÕES DA LAGOA DOURADA DIA 9 DE JUNHO ÀS 19H NO ESPAÇO RENATA MOTA NA RUA MONSENHOR HONÓRIO, 218 TIROL NATAL-RN.
UM EVENTO CASA DE IDEIAS -CHRYSTIAN DE SABOYA.
A VENDA DO LIVRO SERÁ DOADA INTEGRALMENTE AO CENTRO HISTÓRICO-CULTURAL TAPUIAS PAIACUS DA LAGOA DO APODI. (R$ 30,00).
ESPERO VOCÊS C0M AMOR,
VILMACI VIANA (VIVI)
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Homenagem a Moacir Cirne.
VIII Mostra do Filme Cult de 29/05/2014 à 02/06/2014
Cartaz/Divulgação |
VIII Mostra do Filme
Cult: evento deste ano traz filmes para todos os gostos e presta homenagem a
Moacy Cirne. A edição deste ano da clássica mostra do filme cult, promovida
pelo Cineclube Natal, já tem data e local marcados: de 29 de maio
(quinta-feira) a 02 de junho (segunda-feira), no TCP (Teatro de Cultura
Popular). Em sua oitava edição, a Mostra do Filme Cult promove exibições de
cinco filmes que passaram ao largo do circuito brasileiro - quando muito,
exibidos com atraso ou em sessões restritas.
A seleção deste ano está
eclética, passeando por vários estilos cinematográficos, mas sem perder a
qualidade exótica da mostra. Os títulos vão desde o drama intimista (Glen ou
Glenda), passando por um clássico do cinema noir (A Beira do Abismo), e
culminando no inusitado filme de horror (The Pig Fucking Movie), que encerra a
mostra. Trata-se de mais uma oportunidade indispensável para os admiradores de
um tipo de cinematografia que raras vezes pode chegar ao espectador em espaço
reservado aos gêneros propostos – nesse caso, o auditório do Teatro de Cultura
Popular Chico Daniel (anexo da Fundação José Augusto).
Além da comemoração do
aniversário de nove anos da instituição, o Cineclube Natal também prestará
homenagem ao grande Moacy Cirne, falecido no início deste ano. As exibições
começam sempre às 18h30, e são seguidas por debates entre os integrantes do
Cineclube e o público da mostra. A taxa de manutenção cobrada por sessão custa
R$ 4.
PROGRAMAÇÃO
29 de maio:
Glen ou Glenda (Glen or
Glenda), Ed Wood, 1953, EUA, drama, 68 minutos.
Sinopse: O que leva um
homem a se vestir de mulher? Ed Wood tenta responder a essa questão fazendo um
filme B quase autobiográfico.
30 de maio:
A Beira do Abismo (The
Big Sleep), Howard Hawks, 1946, EUA, noir e mistério, 114 min.
Sinopse: Clássico filme
noir com o detetive Philip Marlowe na pele de Humphrey Bogart, numa história de
Raymond Chandler. Criação de personagens como só Hawks consegui fazer numa
atmosfera sombria típica do gênero noir.
31 de maio:
Madre Joana dos Anjos (Matka
Joanna od aniolów), Jerzy Kawalerowicz, Polônia, 1961, drama, horror e
mistério, 110 min.
Sinopse: Um padre é
mandado a uma pequena paróquia no interior da Polônia que se acreditava estava
sob possessão demoníaca e tem que enfrentar as suas próprias tentações.
01 de junho:
A Marca do Assassino
(Branded to Kill), Seijun Suzuki, 1967, Japão, drama e ação, 98 minutos.
Sinopse: É a história de
Hanada, matador da Yakuza, que se torna alva da mesma Yakuza. Poética paródia
dos filmes de gangsteres japoneses, inovador em seus enquadramentos, em sua
fotografia e na sua montagem fragmentada. Os filmes de Suzuki influenciaram
diretamente o cinema de vários diretores atuais, como Tarantino, Kar-Wai,
Jarmusch e Kitano.
02 de junho:
The Pig Fucking Movie
(Vase de Noces), Thierry Zéno, Bélgica, 1975, horror e romance, 80 min.
Sinopse: Fazendeiro se
apaixona pela porca que criava e tem porquinhos mutantes. Quando os filhotes
preferem a mãe, ele enlouquece.
SERVIÇO
VIII Mostra do Filme
Cult, organizada pelo Cineclube Natal
Local: Teatro de Cultura
Popular Chico Daniel (anexo da Fundação José Augusto, localizado à rua Jundiaí)
Horário: De 29/05 a
02/06, com sessões iniciando às 18h30
Valor: R$ 4 (manutenção
da mostra)
Cineclube Natal
twitter | facebook |
grupos
(84) 8805-4666 | (84)
9406–8177
Av. Hermes da Fonseca,
407, Mercado de Petrópolis, Box 51, Tirol, 59020-000 - Natal/RN
--
Postado por AssessoRN - Jornalista Bosco Araújo no AssessoRN.com em 5/27/2014 06:06:00 PM
domingo, 25 de maio de 2014
CRÔNICA DA
SAUDADE: DOIS ANOS SEM FAUSTO GOSSON
Por Eduardo Gosson
Meu querido filho Fausto:
Agora,
tu és um fazendeiro do ar e não tens mais pedras no caminho para ferir-te. Só lindas paisagens
e o Filho de Deus, Jesus, como
companhia. Por teres sido aqui na Terra
puro, justo e bom, conseguiste
passar pelo fundo da agulha e no topo da montanha, em silêncio e solidão,
aguarda os outros que ainda não passaram pelo mistério de uma nova vida, esta
verdadeira, onde não há frio nem calor, sofrimento e dor. Só festa e alegria e
a resplandecente estrela da manhã a nos guiar
Um
grande abraço do seu pai, de Suely, da sua mãe, da sua esposa, dos seus irmãos, das suas filhas Hulimase Maria e Maria
Eduarda e da prima Rebeca e de Miguel.
“No tempo não havia horas,
conquanto seja uma porta aberta para a eternidade”
(João Regis Cortês de Lima, poeta e amigo,in
memoriam)
Abstraindo o tempo, foste em
busca da eternidade logo, uma vez que a
vida aqui neste planeta é de muito sofrimento
e não estavas suportando mais toda essa canseira. Hoje, 26 de maio de
2014, faz dois anos que pegaste a Nau da
Eternidade deixando-nos sozinhos.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Amargos versos, de Dilson Ferreira.
"Às vezes a gente pensa que está dizendo
bobagem e está fazendo poesia."
(MARIO QUINTANA)
AMARGOS VERSOS DUM SONETO!
Ah, mundo mau, caótico, tão perverso
Precisamos refletir a nossa elipse
Não falsear... Cessar o disse-me-disse
Para que não haja amargor no meu verso.
Razão à sombra da emoção num eclipse
O bem sofre do mal nefasto reverso
Onde o bíblico no livro vive imerso
Aguardando o propalado apocalipse.
Quando vier o "fim", que julgar da gente
Todos os pecados que temos de sobra,
Por favor Deus, faça a terra novamente;
Crie o leão, a maçã, o éden, a cobra...
Mas não crie o bicho homem inteligente,
Senão ela vai destruir a tua obra,
N O V A M E N T E !
14/08/2011 - D I L S O N - NATAL/RN.
bobagem e está fazendo poesia."
(MARIO QUINTANA)
AMARGOS VERSOS DUM SONETO!
Ah, mundo mau, caótico, tão perverso
Precisamos refletir a nossa elipse
Não falsear... Cessar o disse-me-disse
Para que não haja amargor no meu verso.
Razão à sombra da emoção num eclipse
O bem sofre do mal nefasto reverso
Onde o bíblico no livro vive imerso
Aguardando o propalado apocalipse.
Quando vier o "fim", que julgar da gente
Todos os pecados que temos de sobra,
Por favor Deus, faça a terra novamente;
Crie o leão, a maçã, o éden, a cobra...
Mas não crie o bicho homem inteligente,
Senão ela vai destruir a tua obra,
N O V A M E N T E !
14/08/2011 - D I L S O N - NATAL/RN.
domingo, 18 de maio de 2014
Postado dia 15/05/2014 às 16h50
Sim, é dramático, este desaparecimento. Sim, é terrível, este silêncio que se prolonga. Em outros dramas semelhantes, sempre me pareceu que se morria, não pelo acidente, mas pelo silêncio – que sepulta melhor que uma chuva de cinzas. Não se retorna depois de oito dias de silêncio.
Mas hoje, terceiro dia de um sumiço angustiante, somos muitos os que não aceitamos renunciar a Mermoz. Não abandonaremos o nosso companheiro. Recusamos, por enquanto, o testemunho da lógica. Essa, sim, nos enganou freqüentemente a seu respeito. Não é a lógica, mas o homem, quem dirige o curso da história. E assim é, seja nas grandes, seja nas pequenas coisas.
É por isso que hoje me recuso a desenhar um retrato ou escrever recordações que evoquem o luto. Chegará o tempo de chorarmos por Mermoz, se ele renunciar a reaparecer ainda uma vez. Porque ele é dono de uma teimosia admirável, e é exatamente por essa teimosia que a sua coragem é tão especial: Mermoz sempre negou as evidências.
Em 1929, ele tinha que decolar de Natal, pela primeira vez, em direção à África. Na primeira tentativa, percebeu que a decolagem era impossível. Mas, desde o alvorecer até o crepúsculo, ele persistiu através de esforços que pareciam absurdos. Riscou, em todas as direções, o reflexo de Natal na água, polido como um espelho, e, mesmo sem vento, no momento do pôr-do-sol, quando parecia evidente a prova de sua impotência, decolou.
Repetiu aquela aventura a bordo do “Couzinet”, novamente em Natal, mas desta vez sobre um terreno duro e cheio de cupinzeiros. As suas decolagens morriam entre o lamaçal. E tudo apontava para um acidente seguido de incêndio. Mas a cada dia ele recomeçava. Até vencer, mais uma vez, contra qualquer evidência.
E nos habituamos a vê-lo retornar. Nos primeiros anos da Linha do Sul, findou, graças a um defeito, no fundo do Rio del Oro. Sobre ele caiu o silêncio. Mas por trás de uma calma aparentemente passiva, Mermoz lutava pelo seu retorno. E oito dias depois, quando não se esperava mais nenhuma notícia sua, voltou para nós, com seu sorriso imenso.
Desapareceu, outra vez, nos Andes. Aquelas montanhas não costumam devolver os homens que lhes são oferecidos em sacrifício. Não havia um só argentino, nem um único chileno, que acreditasse no retorno de Mermoz. Ninguém o esperava, com exceção de alguns companheiros que mantinham a juventude no coração. Uma tarde, pousando sobre o pasto fresco de Santiago, como voltando de um vôo aprazível, Mermoz desce, de uma altitude de 4.500 metros. Tinha, em qualquer modo, cortado o laço que o mantinha prisioneiro. E ria, mais uma vez.
E ei-lo, hoje, retomando esta ausência, por trás da qual, no silêncio e na discrição de uma luta interna, enfrenta o gelo, o fogo ou o mar. E da qual só retornará com aquele sorriso encantador forjado nas grandes vitórias.
Claro, Mermoz não pode prolongar esse atraso. É certamente muito grave que a mensagem sobre o defeito não tenha sido seguida por outra, um SOS ou o aviso de uma amerissagem. É dramático que o hidroavião, uma vez amerissado, não tenha enviado qualquer outra mensagem. Mas existe ainda a possibilidade de um defeito no rádio. Improvável? É verdade, mas as nossas desafortunadas construções lógicas já receberam tantos desmentidos! E ainda que o hidroavião tivesse afundado tão rapidamente, impedindo o envio de uma mensagem, resta ainda o bote inflável. Os tripulantes poderiam ter tido tempo de lançá-lo à água.
Se aqueles homens estão à deriva, a bordo daquela minúscula embarcação, ainda que insubmergível, é claro que não podem ser salvos. Guillaumet, que os procura a bordo do seu Farman, não tem dez anos disponíveis para perquirir aquela porção do oceano. Mas o milagre de um encontro ainda é possível. Mermoz, amanhã, talvez, ainda pode sorrir para nós.
E, no entanto… há alguns meses o mecânico Collenot desapareceu no Atlântico Sul, durante um travessia semelhante. Era um velho companheiro de Mermoz, com quem havia compartilhado alegrias e tristezas. A sua morte chocou o grande piloto, e foi a única ocasião em que o vi desanimado. Examinou as próprias mãos, impotentes para o salvamento. E me disse: “Collenot não poderia ter desaparecido senão comigo. A fatalidade não foi justa ao separar esta tripulação…”
Fonte: Jornal de Hoje,Natal/Rn.
por: Vicente Serejo
Depois de 48 horas de silêncio – Vicente Serejo
Na edição do dia 23 de fevereiro de 2008 transcrevi aqui o texto que Saint-Exupèry escreveu quando soube que seu…
Na edição do dia 23 de fevereiro de 2008 transcrevi aqui o texto que Saint-Exupèry escreveu quando soube que seu amigo Jean Mermoz desapareceu no mar. Devo ao poeta Virgílio Maia que remeteu de Fortaleza um exemplar da história em quadrinhos ‘Mermoz’, de Attilio Micheluzzi, edição original italiana, 1999. Pedi a Mário Ivo Cavalcanti que fizesse a tradução para o português. Saint-Exupèry descreve a decolagem de Jean Mermoz da Lagoa do Bonfim para Dakar numa das travessias do Atlântico como piloto da Latécoère. Da leitura, não se pode afirmar, rigorosamente, que Saint-Exupèry viu com seus próprios olhos. Sua descrição do espelho de água e do terreno cheio de formigueiros pode ter sido narrada pelo próprio Mermoz, seu amigo. O texto foi originalmente publicado no livro ‘Meus Vôos’, de Jean Mermoz, edição Flamarion, Paris, 1937. Hoje a transcrição é uma homenagem ao vôo dos pilotos e o pouso nas margens da Lagoa do Bonfim, nos oitenta anos daquele instante histórico.
Antoine de Saint-ExupérySim, é dramático, este desaparecimento. Sim, é terrível, este silêncio que se prolonga. Em outros dramas semelhantes, sempre me pareceu que se morria, não pelo acidente, mas pelo silêncio – que sepulta melhor que uma chuva de cinzas. Não se retorna depois de oito dias de silêncio.
Mas hoje, terceiro dia de um sumiço angustiante, somos muitos os que não aceitamos renunciar a Mermoz. Não abandonaremos o nosso companheiro. Recusamos, por enquanto, o testemunho da lógica. Essa, sim, nos enganou freqüentemente a seu respeito. Não é a lógica, mas o homem, quem dirige o curso da história. E assim é, seja nas grandes, seja nas pequenas coisas.
É por isso que hoje me recuso a desenhar um retrato ou escrever recordações que evoquem o luto. Chegará o tempo de chorarmos por Mermoz, se ele renunciar a reaparecer ainda uma vez. Porque ele é dono de uma teimosia admirável, e é exatamente por essa teimosia que a sua coragem é tão especial: Mermoz sempre negou as evidências.
Em 1929, ele tinha que decolar de Natal, pela primeira vez, em direção à África. Na primeira tentativa, percebeu que a decolagem era impossível. Mas, desde o alvorecer até o crepúsculo, ele persistiu através de esforços que pareciam absurdos. Riscou, em todas as direções, o reflexo de Natal na água, polido como um espelho, e, mesmo sem vento, no momento do pôr-do-sol, quando parecia evidente a prova de sua impotência, decolou.
Repetiu aquela aventura a bordo do “Couzinet”, novamente em Natal, mas desta vez sobre um terreno duro e cheio de cupinzeiros. As suas decolagens morriam entre o lamaçal. E tudo apontava para um acidente seguido de incêndio. Mas a cada dia ele recomeçava. Até vencer, mais uma vez, contra qualquer evidência.
E nos habituamos a vê-lo retornar. Nos primeiros anos da Linha do Sul, findou, graças a um defeito, no fundo do Rio del Oro. Sobre ele caiu o silêncio. Mas por trás de uma calma aparentemente passiva, Mermoz lutava pelo seu retorno. E oito dias depois, quando não se esperava mais nenhuma notícia sua, voltou para nós, com seu sorriso imenso.
Desapareceu, outra vez, nos Andes. Aquelas montanhas não costumam devolver os homens que lhes são oferecidos em sacrifício. Não havia um só argentino, nem um único chileno, que acreditasse no retorno de Mermoz. Ninguém o esperava, com exceção de alguns companheiros que mantinham a juventude no coração. Uma tarde, pousando sobre o pasto fresco de Santiago, como voltando de um vôo aprazível, Mermoz desce, de uma altitude de 4.500 metros. Tinha, em qualquer modo, cortado o laço que o mantinha prisioneiro. E ria, mais uma vez.
E ei-lo, hoje, retomando esta ausência, por trás da qual, no silêncio e na discrição de uma luta interna, enfrenta o gelo, o fogo ou o mar. E da qual só retornará com aquele sorriso encantador forjado nas grandes vitórias.
Claro, Mermoz não pode prolongar esse atraso. É certamente muito grave que a mensagem sobre o defeito não tenha sido seguida por outra, um SOS ou o aviso de uma amerissagem. É dramático que o hidroavião, uma vez amerissado, não tenha enviado qualquer outra mensagem. Mas existe ainda a possibilidade de um defeito no rádio. Improvável? É verdade, mas as nossas desafortunadas construções lógicas já receberam tantos desmentidos! E ainda que o hidroavião tivesse afundado tão rapidamente, impedindo o envio de uma mensagem, resta ainda o bote inflável. Os tripulantes poderiam ter tido tempo de lançá-lo à água.
Se aqueles homens estão à deriva, a bordo daquela minúscula embarcação, ainda que insubmergível, é claro que não podem ser salvos. Guillaumet, que os procura a bordo do seu Farman, não tem dez anos disponíveis para perquirir aquela porção do oceano. Mas o milagre de um encontro ainda é possível. Mermoz, amanhã, talvez, ainda pode sorrir para nós.
E, no entanto… há alguns meses o mecânico Collenot desapareceu no Atlântico Sul, durante um travessia semelhante. Era um velho companheiro de Mermoz, com quem havia compartilhado alegrias e tristezas. A sua morte chocou o grande piloto, e foi a única ocasião em que o vi desanimado. Examinou as próprias mãos, impotentes para o salvamento. E me disse: “Collenot não poderia ter desaparecido senão comigo. A fatalidade não foi justa ao separar esta tripulação…”
Fonte: Jornal de Hoje,Natal/Rn.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
ITATIAIA lança A ARTE DO AMOR, de Fromm.
A ARTE DE AMAR
ERICH FROMM
TÍTULO DO ORIGINAL AMERICANO: THE ART OF LOVING
TRADUÇÃO DE MILTON AMADO
— “O amor — afirma Erich Fromm — é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana”. Todavia, a maioria entre nós, é incapaz de desenvolver as capacidades humanas do amor naquele único nível que tem importância real — um amor que é composto de madureza, auto-conhecimento e coragem.
Nesta obra, o Dr. Fromm discute todos os aspectos do amor, não apenas o amor romântico, rodeado de concepções extremamente falsas, mas também o amor dos pais pelos filhos, o amor fraternal, o amor erótico, o amor de si próprio e o amor de Deus. Aprender a amar, sugere o autor, como quaisquer outras artes, pede prática e concentração.
O livro que ora é lançado pela EDITORA ITATIAIA, como obra inicial de sua nova coleção — PERSPECTIVAS DO MUNDO —, está cheio de observações desafiantes, de verdades, às vezes violentas, sobre a sociedade contemporânea e as barreiras que são levantadas entre seus membros em sua eterna busca de amor.
O autor do livro, um dos psicanalistas mais famosos do mundo atual, autor de uma série de livros sobre problemas de comportamento humano no mundo presente, é também um estilista admirável para escrever sobre assuntos complexos de uma maneira viva, humana e extremamente interessante.
Acerca de A ARTE DE AMAR, afirmou o suplemento literário do Times, de Londres: “Como uma visão da natureza daquelas relações que são comuns a todos os seres humanos, este breve ensaio dificilmente poderá ser superado”.
ERICH FROMM
TÍTULO DO ORIGINAL AMERICANO: THE ART OF LOVING
TRADUÇÃO DE MILTON AMADO
— “O amor — afirma Erich Fromm — é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana”. Todavia, a maioria entre nós, é incapaz de desenvolver as capacidades humanas do amor naquele único nível que tem importância real — um amor que é composto de madureza, auto-conhecimento e coragem.
Nesta obra, o Dr. Fromm discute todos os aspectos do amor, não apenas o amor romântico, rodeado de concepções extremamente falsas, mas também o amor dos pais pelos filhos, o amor fraternal, o amor erótico, o amor de si próprio e o amor de Deus. Aprender a amar, sugere o autor, como quaisquer outras artes, pede prática e concentração.
O livro que ora é lançado pela EDITORA ITATIAIA, como obra inicial de sua nova coleção — PERSPECTIVAS DO MUNDO —, está cheio de observações desafiantes, de verdades, às vezes violentas, sobre a sociedade contemporânea e as barreiras que são levantadas entre seus membros em sua eterna busca de amor.
O autor do livro, um dos psicanalistas mais famosos do mundo atual, autor de uma série de livros sobre problemas de comportamento humano no mundo presente, é também um estilista admirável para escrever sobre assuntos complexos de uma maneira viva, humana e extremamente interessante.
Acerca de A ARTE DE AMAR, afirmou o suplemento literário do Times, de Londres: “Como uma visão da natureza daquelas relações que são comuns a todos os seres humanos, este breve ensaio dificilmente poderá ser superado”.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
EM RESPOSTA À CRÔNICA CENTENÁRIO DO DIAS DAS MÃES DO POETA DIÓGENES DA CUNHA LIMA
Eduardo Gosson
Meu caro Poeta:
Belíssima e comovente homenagem às mães. Literatura para mim
tem que comover para ter validade . Sem
emoção, fica o formalismo literário.
No meu caso particular, fui abençoado porque em vez de uma
eu tive quatro. Explico melhor: Minha mãe biológica Maria Dantas de Araújo , de Jardim do Seridó/RN, de
olhos florestais e cabelos cor de
mel deu-nos o prazer de sua companhia
até os dois anos e oito meses porque, ao separar-se do meu pai, foi visitar uma
irmã, indo depois conhecer o Brasil. Esta travessia durou uma
década – “entre nós grandes silêncios”. A minha comunicação com ela neste
período deu-se através de cartas. Trancado, passavam o dia lendo e relendo-as. A suas
palavras amenizavam a distância e a
minha solidão.
Aí fui morar com duas
tias: Hulimase (brilhante) e jamyles (mimosa) que traziam no sangue os
cedros do Líbano, madeira utilizada na
construção do templo do rei Salomão. Assim, cresci para o mundo e para a vida. Vivi entre as mil e umas noites e um
ateliê de costura, onde as duas irmãs faziam verdadeiros milagres na moda: pioneiras, introduziram
belos bordados e o uso da sai plissada.
Quando chegava o fim do ano e o inicio o movimento triplicava: roupas de festas
e fardas escolares. Nos colégios
religiosos as alunas usavam saias plissadas. Nesse período, eu tinha uma tarefa
específica: tirava e anotava as medidas
(cintura, quadril e altura das mulheres).
Confesso, meu poeta, que tinha o maior prazer em realizar essa tarefa.
E quarta mãe era a minha babá que tinha o belo nome de
Margarida. Com Margarida conheci a vida. Nos finais de semana ela me levava para
passear na Praça Pedro Velho que, na
década de 60, era muito bonita. Afinal, tínhamos um Prefeito que amava a sua
cidade – Djalma Maranhão. Neste segundo domingo de maio – Dia das Mães –evoco a
memória destas quatro mulheres que me deram o compasso e a régua existenciais.
Das quatro mães, três já embarcaram na Nau da Eternidade. Agora, só resta
Margarida, que todas as tardes abraça a eternidade na velha Catedral.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Dilson Ferreira, um poeta enamorado!
À MINHA ETERNA NAMORADA
MÃE, MULHER E MUSA!
O TESTE DO TEMPO!
Porque será que te vejo assim tão linda?
Será por causa do meu mordaz desejo?
Que quanto e tanto mais e mais te beijo,
Ele se arde, ele não cessa, ele não finda?
Então sedento, aproveitando o ensejo,
Como se fosse a jovialidade infinda,
Neste afã, neste ímpeto, mocinha ainda,
É assim que te quero, é assim que te vejo!
Entre tantos ais, rusgas, outros motivos,
Existem sim belos momentos meus e teus,
Onde amamos porque nos sentimos vivos.
E mesmo os danos dos anos afligindo,
Um ajuda o outro... E com as bênçãos de Deus
Ao teste do tempo vamos resistindo!
05/05/2014 - D I L S O N - NATAL/RN.
MÃE, MULHER E MUSA!
O TESTE DO TEMPO!
Porque será que te vejo assim tão linda?
Será por causa do meu mordaz desejo?
Que quanto e tanto mais e mais te beijo,
Ele se arde, ele não cessa, ele não finda?
Então sedento, aproveitando o ensejo,
Como se fosse a jovialidade infinda,
Neste afã, neste ímpeto, mocinha ainda,
É assim que te quero, é assim que te vejo!
Entre tantos ais, rusgas, outros motivos,
Existem sim belos momentos meus e teus,
Onde amamos porque nos sentimos vivos.
E mesmo os danos dos anos afligindo,
Um ajuda o outro... E com as bênçãos de Deus
Ao teste do tempo vamos resistindo!
05/05/2014 - D I L S O N - NATAL/RN.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Pequenas Ficções. Clauder Arcanjo.
Pequenas Ficções CXXXVII
Clauder Arcanjo
Para Nilto Maciel
(In memoriam)
Olhos de salitre
Tempo de espera. Olhos no distante além. Sem sombra de paz. Na mente,
em relampejos de clarividência, uma voz esganiçada, brigona. “Não
vem. Não vem, é?...”
Novo aguardo. Desta feita, olhar já cansado. Sem naco
de sossego. No corpo, em tremores de dúvida, uma ordem gritada, mandona.
“Não vem. Não vem, viu?”
Tempo de desespero. Olhos de salitre.
***
Nos lábios, o bom-dia mascado e com raios de sanguínea ira. Desagradável.
Meio-dia, à mesa, garfo e faca a picar e cortar a carne dura, em
movimentos de quase carnificina. Desagradável.
Na rede, sesta inquieta, o ronco da discórdia, a ruminar as desventuras
últimas, em pragas sucessivas. Desagradável.
À noite, na quietude do quarto escuro, a entrega ao coito, em fantasia
de devassa: carnal, sanguínea, movida a palavrões e tangida por açoites.
Amantissimamente... (des)agradável.
Reflexão
Domingueira
CCCXI
Não sei se haverá silêncio no reino das palavras com a inopinada
partida de Nilto Maciel. Penso que não. No máximo, receio, os vocábulos
recolherão seus barulhos de insignificância para o esgoto das páginas,
para, enfim, pouco depois, (re)colherem, sob o arpejo mais divino, a
mansuetude marota de quem se fez mestre, urdindo o verso mais singular,
em meio ao universo carnavalesco do livro das ilusões nunca extintas.
Reflexão
Domingueira CCCXII
Baturité nos presenteou com Nilto Maciel; e ele, apesar do Distrito Federal,
mesmos em meio às tantas Fortalezas, nunca deixou de se (d)escrever
como o mais universal dos provincianos.
Clauder Arcanjo
Assinar:
Postagens (Atom)