quinta-feira, 25 de junho de 2015



Editora da UFRN lança em Natal 
obra memorialista de Tarcísio Gurgel

(Sirleide Pereira – Ascom-reitoria/UFRN)

Inventário do Possível, obra memorialista do escritor, jornalista e cronista mossoroense Tarcísio Gurgel, será lançado em Natal no próximo dia 30, às 17h no átrio do auditório da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), instituição da qual é professor aposentado do Curso de Comunicação Social.

Ao falar da “invenção da memória”, Tarcísio Gurgel revela que se descobriu memorialista muito recente, já depois do ano 2004, quando convidado para ser o entrevistador do programa de televisão “Memória Viva”. Isso o levou a encarar esse projeto que estava engavetado em sua memória.  

Nas 268 páginas de sua mais recente obra, o autor detalha fatos e histórias que envolvem familiares. Assim, reconstituindo um passado, Tarcísio Gurgel traz para o presente  aspectos culturais, hábitos e um linguajar de um tempo distante, e que revelados, se revestem de novos sentidos.

A enigmática capa em cor sépia, de Rafael Sordi Campos, simbolizando algo trancado a partir da foto de um molho de chaves, da fotógrafa Cecília Baker, cria um clima de intimidade com esse passado. É como se convidasse o leitor a entrar vagarosamente numa sala desses casarões antigos, onde se imagina que se vai deparar com segredos e algumas surpresas.

Publicado em co-edição pela Editora da UFRN e a Sarau de letras, de Mossoró, Inventário do Possível está à venda nas livrarias da Natal e de Mossoró. O livro pode ser adquirido, também, diretamente na Editora Universitária (EDUFRN), ou nas livrarias do campus central, no Centro de Convivência da UFRN.  




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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Uma poesia para meu bisavô
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG
Escreveu Aluízio Alves em “Angicos”: Manoel Geminiano Teixeira de Souza foi outro poeta humilde, em que a poesia era menos rasgo de inteligência e mais alegria íntima, suprindo uma vocação infelizmente perdida. Filho de José Vitaliano Teixeira de Souza e D. Urbana Martins de Souza, teve, apenas, as letras minguadas de uma escola rudimentar. Nascido em 1848, em Angicos, viveu sempre na penumbra, entre os afazeres suaves de sacristão, e, por algumas vezes, promotor interino da capela.
No livro, Aluízio apresenta algumas poesias do poeta Manoel Geminiano. Aqui, eu apresento uma poesia que ele mandou para o jornal “Brado Conservador”, que foi publicada em 7 de dezembro de 1877, e que tinha o título “Ao prematuro passamento de meu amigo, o tenente Francisco Martins Ferreira”.
O tenente-cirurgião, Francisco Martins Ferreira, meu bisavô, faleceu jovem, de hidropisia, faltando dois dias para completar 36 anos. Com essa morte abrupta, minha avó ficou totalmente órfã, faltando alguns meses para completar 7 anos de idade. Foi, por isso, criada por sua tia Maria Ignácia Alves de Souza (Maria Ignácia Teixeira do Carmo, nome de solteira).
Nessa poesia, feita pelo seu amigo, temos a oportunidade de conhecer melhor como era meu bisavô.
Ontem...qual astro de fulgor brilhante
Hoje...na campa esquecido jaz!
Não dos amigos, que chorando o lembram
Porém da glória, quando do mundo  apraz.

A parca ingrata, por demais cruel,
Sempre insensível, e sem ter clemência,
Roubou aos filhos extremoso pai,
E à sociedade uma inteligência.

Tranquilo dorme o funerário sono,
Tendo por leito a regelada lousa,
E o seu espirito de fiel cristão,
Junto ao Deus Trino lá no céu repousa

Banhada a face do sentido pranto,
Opresso o peito de pungente dor...
Prantear venho do amigo a perda,
Pois do meu pranto é merecedor.

Afável sempre conquistou estima,
De Deus cumprindo o salutar preceito, 
Entregando seu espirito ao mesmo.
Viu por amigos rodeado o leito.

E da terra mesquinha desprendeu-se,
e voou à celeste eternidade,
É justo, pois verter sobre o seu túmulo
Uma lágrima de dor e de saudade.



Abraços 
João Felipe da Trindade
Natal, Rio Grande do Norte

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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Professor Carlos Gomes na ANL


(Sirleide Pereira – Ascom-reitoria/UFRN)

O presidente da Comissão da Verdade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Professor e escritor Carlos Gomes, assume na próxima sexta-feira, 12, uma das cadeiras na Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL). A posse será às 20h, na sede da Academia, situada à rua Mipibu, Bairro do Tirol. Além de professor aposentado do Curso de Direito da UFRN, Carlos Gomes integra a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Rio Grande do Norte (OAB/RN), entidade a qual presidiu.
Professor Carlos Roberto de Miranda Gomes
quando autografava um dos seus livros na ANL.