EU NÃO SABIA QUE DOÍA TANTO – 14
Por Eduardo Gosson
Hoje, no Calendário, comemora-se o Dia
de Finados: 2 de Novembro. O Poder Público e a iniciativa privada preparam os
Cemitérios para receberem as pessoas que vão referenciar os seus mortos. Os
rituais mudam conforme as crenças.
Preparo-me e vou visitar os meus mortos
já que “a morte existe, os mortos não” como bem definiu o Mestre
Cascudo. No Cemitério do Alecrim estão os restos mortais de: avô, avó, pai,
tios; em Emaús, mãe e tios; em Nova Descoberta, ao pé das dunas, em silêncio
profundo, sem direito ao sim e ao não, jaz o meu filho Fausto Gosson,
arrebatado desta vida em 26 de maio deste ano de 2012.
Filho amado, tua mãe, filhas, eu e teu
irmão gêmeo Thiago não sabemos medir a extensão desta dor. Por isso, levamos
flores para enfeitar a tua nova morada. Em cada flor um simbolismo: as amarelas
celebram a tua amizade; as brancas, o teu coração de paz; as azuis a tua
solidão e as vermelhas a nosso amor. Descanse em paz meu menino, já que neste
mundo a vida foi-te dura.Que a paz do Senhor esteja contigo
por todo o sempre!
Eu não sabia que doía tanto!
(*) Poeta, preside a União Brasileira de
Escritores – UBE/RN.
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