- Não há final sem começoQue do todo é a maior parteSair do sonho é uma arteÉ o exercício do quererPlante se quiser colherProgredir não é só sonharÉ querer realizarDar ao sonho continuidadePerseguir com acuidadeTer foco no caminharNinguém realiza sonhosSe não tiver atitudeDê ao sonho magnitudeTorne a vida interessanteDê início, siga avanteNunca deixe de sonharDepois, é só acreditarPriorizando o começoExtraindo do tropeçoForças pra recomeçarSempre qualquer começoRequer força, impulsãoVontade, motivaçãoE respeito ao momentoDaí ser o planejamentoUma essencial ferramentaQue norteia, orientaDesmistifica o sonharFacilita o realizarQue nele se fundamenta.
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Eu vi, eu juro que viPois eu nasci no nordesteE como um cabra da pesteFui criado no sertãoVi sair e entrar verãoQuase morri de calorEu sim, fui sabedorDo que é um lar fraternoPois lá se faltava invernoSempre sobrava amorO meu pai não era letradoNão conhecia a gramáticaMas era bom em matemáticaPrincipalmente em dividirNos fazia refletirSobre o porque da divisãoDo somar, se dá a mãoO que por si só se explicaQuem divide multiplicaSe o faz de coraçãoEu vi, eu juro que viAo léu, à força do ventoPuxando um magro jumentoUm fugitivo da fomeNão tinha número, nem nomeEra apenas um Zé qualquerEle, dois filhos e a mulherMostrando o rosto cansadoOuvi do meu pai um murmuradoSeja o que Deus quiserEu e meu pai num cavaloUm outro trazendo a feiraDebaixo de uma aroeiraO meu pai parou, desceuMurmurou: filho, amor meuSegure as rédeas um instanteO homem um pouco adianteFoi logo falando assimO que Deus mandou pra mim?Indagou baixo e tremulanteMeu pai pegou o cavaloQue a feira vinha carregandoE pro céu ficou olhandoE disse muito obrigadoPois o que tem me faltadoO Senhor sempre me deuE disse ao homem, é seu!Leve com cavalo e tudoEu engasguei, fiquei mudoO homem assim respondeuDepressa ajoelhou-seE com os seus em oraçãoPediu chuva pro SertãoE pro meu pai longevidadePra que sempre a caridadeEle pudesse praticarE disse quem sabe amarÉ um ser edificanteUm pássaro, após voo rasanteNos brindou com seu cantarMeu pai Montou no cavaloProsseguimos no caminharOuvindo o pássaro cantarMeu pai com um sorriso mudoAbandonou seu ar sisudoMostrando-se um vencedorNo jardim colheu uma florE sob um sol em brasaEu entendi porque em casaNunca nos faltava amorAcordei para o caféSob o roncar de trovãoMeu pai de enxada na mãoPartiu cedo pro roçadoMamãe num cantaroladoNuma das mãos uma flor lindaMesmo sem saber aindaO que íamos almoçarDisse ouvindo o tilintarÉ com chuva que Deus brinda.1Visualizar comentários
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Eu sei dizer com licençaPor favor, muito obrigadoSó não sei ficar caladoDiante de uma injustiçaUma tênue linha fronteiriçaÉ quem faz a separaçãoNão cultuo a omissãoNão posso ver e calarO fato de me manifestarNão é fugir da razãoNão é falta de educaçãoDeve-se aproveitar o momentoApoio qualquer movimentoQue surja em nome da éticaÉ atitude patéticaQuem cala por covardiaEu não nutro simpatiaPor quem é servil, submissoSer lacunoso, omissoÉ ato de covardiaConselhos do tipoÉ melhor ficar caladoEu ouço e tomo cuidadoO meu calar é provisórioEvito o contraditórioOuço a voz da razãoBusco a convicçãoPra ter ação assertivaFaço a minha afirmativaE fico em paz com o coração.0
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Todo mês de São JoãoEu me pego assuntandoComo um filme vão passandoCoisas que vi no SertãoNa lembrança vêm e vãoMe fazendo um bem danadoVejam como era faladoO nosso nordestinêsCom esmero pra vocêsDiálogos do meu passadoNum fresque nãoPare de buli aíArrudei, saia daíTá cum a gota serena?Minha paciência é pequenaQui nem coice de preáPegue o beco, sai pra láHoje ela tá cum a bixigaDeixe de zig zigaTá doida pra apanháÔxe manhinha, danô-seQue aperrei da mulestaTô me arrumando pra festaDecá um xeiro no cangoteQue acha desse decote?Ela tá isprivitadaNum mi arresponde nadaFica dando muxicãoMas quando é meu irmão...Ela fica abestalhadaTambém visto...Eu tô cum pena do pobeO pai dele amarrou o bodePur causa duma besteiraE cum as costa da peixeiraDeu-lhe forte no vaziSó parou purque pidiTô cuma zueira danadaEu fico encabuladaQuando batem no meu fiCabosse paz...Seu pai foi lá pra budegaÉ hoje que ele cegaE vai chegar bebo bostaHoje eu vou virar de costaNum vou dá nem pra conferíNum adianta pedíEle só faz as avessaHoje num quero é cunvessaVou deitá cedo e durmíÔ disgramaInfeliz das costa ôcaO batom só deu pra bocaE o vermei das buxexa?Eu amarrei as madexaDiga mãe, eu tô bunita?Mãe quando se isprivitaFica dano gelo na genteEla qué que eu me apoquenteE avergõe ela cum as visitaÉ hoje que a vaca tosseNum tem ninguém que me pegueEu vou é amarrar meu jegueCum o fi de Zé de JoãoEle num cuidado nãoNum sou de perder viajeE aquela catrevageQue ele mande passearPois se eu disconfiarDô iscandulo na cidadeVocê num vá cum muita sedeQué pra num quebrar o potePois lá tem macho de loteNum procure imbuançaQuem corre muito se cançaO qué da gente é da genteDivagar num si apoquentePois o qui é seu é seuO outro se escafedeuFaça agora diferenteEla foi fazê maimotaCum o fi de Zé de RitaEsquentou a piriquitaE fez o qui num diviaO cabra no outro diaSelou a burra foi emboraCasou pelo o mundo aforaE ela qui ficou sóVai morrer no caritóQuem dhabo qué como nora?O povo naquele tempoFalava pelos cutuvêloMas duma coisa tinha zêloGostavam do seu torrãoDas coisas do meu sertãoGosto sempre de lembrarOuvir estórias e contarDando sempre um tom jocosoPois eu me sinto orgulhosoDas coisas do meu lugar .0
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Eita Brasil danadoÉ um país diferentePois tem dois presidenteIsso é que é gostar de badernaE nem um dos dois governaNinguém manda na naçãoEm nome da corrupçãoA presidente foi depostaTrocaram merda por bostaTá a maior confusãoO presidente provisórioNão pode sair na ruaPois o povo senta-lhe a puaE o chamam de golpistaEle aparece na listaDa operação lava jatoNão é hipótese, é fatoEle tá todo encalacradoDizem ser ele pau mandadoE o seu poder, abstratoE o tal do Eduardo CunhaUm importante PastorDa moral um impostorUm professante do gaboUm enviado do diaboMestre da corrupçãoAdora uma confusãoSó gosta de coisa finaCom dinheiro de propinaEle comprava a eleiçãoE o presidente do senadoQue já uma vez renunciouE do povo ele zombouE escapou da cassaçãoComprou sua reeleiçãoO impeachment ele comandaÉ o maestro da bandaQue dá o tom da tocataMestre em negociataDoutor em corrupçãoTem gente no STFQue tem passado obscuroMas é negro o seu futuroInda pousa de paladinoPensa que o povo é meninoMas vai chegar sua vezNão tem qualquer honradezE com dinheiro se empolgaMas ele vai perder a togaE vai pagar o que fezSim, e o Aécio NevesQue faz o povo de otárioAcha ser dele o erárioFaz do público o privadoUm desonesto abnegadoPousa de honesto e valenteDessa vez é diferenteMelhor parar de sonharPois quem nasce pra cheirarNunca vai ser presidenteAcorda povo, acordaÉ a hora da mudançaQuem busca é quem alcançaE atinge a maturidadeE quem na adversidadeSabe tirar liçãoSe une, se dá a mãoUsa o voto com saberNão deixa se corromperE vai limpo pra eleição.
Espaço para as publicações de Maria Natividade Cortez Gomes e da cidade onde nasceu e faleceu, além de notícias e artigos sobre os bairros da Ribeira, Rocas e do seu entorno.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Poesias de Celso Cruz (Brocoió), filho de Celso Cruz e Dorinha, nossa saudosa prima , filha de tia Benedita Gomes da Silveira.
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